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sexta-feira, 14 de março de 2008

Macacos não escrevem Shakespeare

COPIADO DO JORNAL DE MOSSORÓ
Macacos não escrevem Shakespeare
Dê um número infinito de máquinas de escrever a um número infinito de macacos, diz a teoria, e eles acabarão escrevendo obras como as de Shakespeare. Dê um computador a um grupo de seis macacos por um mês e eles farão uma verdadeira bagunça.
Pesquisadores da Universidade Plymouth, na Inglaterra, anunciaram esta semana que os primatas colocados em contato com a máquina a atacaram e não foram capazes de escrever uma só palavra. “Eles apertaram muitas vezes a tecla ‘S’”, disse o pesquisador Mike Phillips nesta sexta-feira. “Obviamente, o inglês não é o forte deles”.
Um grupo de estudantes do curso de mídia da universidade instalou um computador no viveiro dos macacos no zoológico inglês de Paington, no sudoeste do país, onde vivem seis macacos de uma espécie nativa da Indonésia e esperaram os resultados. “Primeiro”, conta Phillips, “o macho líder pegou uma pedra e começou a agredir a máquina”.
“Outra coisa que eles gostaram de fazer foi defecar e urinar sobre o teclado”, acrescentou o pesquisador, que administra o Instituto de Artes Digitais e Tecnologia da universidade. Os macacos, que atendem pelos nomes de Elmo, Gum, Heather, Holly, Mistletoe e Rowan, produziram cinco páginas de texto, compostas principalmente pelas letras S, A, J, L e M.
De acordo com Phillips, o projeto, que foi financiado pelo Conselho Inglês de Artes e não contou com o apoio de nenhum organismo de pesquisa, teve uma finalidade mais performática do que científica.
A noção de que macacos digitando aleatoriamente possam acidentalmente produzir literatura é atribuída a Thomas Huxley, um cientista do século 19 que defendia as teorias de Charles Darwin sobre a evolução. Os matemáticos costumam usá-la para explicar conceitos de acaso.
O experimento de Plymouth faz parte do Projeto Vivaria, que pretende instalar computadores em zoológicos de toda a Europa para estudar as diferenças entre a vida animal e a artificial. Segundo Phillips, a experiência mostrou que os macacos não são geradores aleatórios. “Eles são muito mais complexos que isso”, sustenta. “Eles se interessaram muito pela tela do computador, e viram que, ao pressionar uma tecla, algo acontecia. Houve um certo nível de intenção no que eles fizeram”.